quinta-feira, 28 de junho de 2012

ADOLESCENCIA x SEXUALIDADE

Tema: Adolescência X Sexualidade Turmas: 2ª1, 2ª2 e 7ª4 Nº de aulas: 15 Professoras: JANETE MARINHESKY LUCINEIDE BONA DE PIN SIMONE MAROS RIBEIRO Justificativa: Os meios de informação, principalmente a televisão e a internet, tem contribuído para a formação de uma cultura equivocada com relação à sexualidade. Assunto visto antes como tabu, hoje é tratado de forma aberta e equivocada, muitas vezes, gerando a sensação de que na adolescência se pode tudo. Adolescentes iniciam sua vida sexual muito cedo e sem responsabilidade, contribuindo para o aumento das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez precoce, afetando drasticamente seu desenvolvimento, que muitas vezes abandonam sua rotina para viver a nova realidade. Em decorrência disto, evidencia-se a relevância de se tratar as questões referentes a sexualidade na escola. Objetivo Geral Promover informação acerca da sexualidade com responsabilidade. Objetivos específicos: • Conhecer seu corpo; • Desenvolver hábitos de higiene pessoal (asseio corporal) • Compreender as alterações hormonais que ocorrem na adolescência; • Reconhecer os processos da reprodução humana; • Refletir sobre as consequências que podem ocorrer a partir de uma gravidez precoce; • Expressar seus sentimentos e desejos • Reconhecer o consentimento mútuo como necessário para um relacionamento; • Conhecer os diversos tipos de doenças sexualmente transmissíveis; • Reconhecer a eficácia dos métodos contraceptivos; • Entender a importância do uso da camisinha como forma de prevenção às DSTs. Metodologia: 1. Será promovido a sensibilização das turmas envolvidas acerca do tema Adolescência X Sexualidade 2. Formação de grupos para reflexão e debates. 3. Leitura e análise de textos 4. Dinâmicas de grupo 5. Pesquisa bibliográfica 6. Elaboração de cartazes 7. Apresentação do projeto Procedimentos metodológicos - no primeiro dia foi feito a sensibilização da turma, através de um vídeo do youtube falando sobre as alterações hormonais da adolescência e os cuidados com a higiene nesse período. - em seguida abordamos, através de slides, os métodos anticoncepcionais, as DSTs mais comuns e a gravidez na adolescência. - cada dupla de alunos ganhou um filho(ovo) com sexo pré-determinado, que deveriam cuidar e devolver no final do projeto. - promovemos um debate sobre sexo seguro e gravidez indesejada. - no segundo dia, os alunos desenvolveram pesquisa na internet e elaboraram material para apresentação. - dinâmicas 1 e 2. - no terceiro dia, os alunos fizeram a apresentação na sala de aula. - desenvolvemos a dinâmica 3; - no quarto dia, os alunos participaram da palestra com a médica do PSF-Volta Grande, que respondeu as duvidas levantadas pelos alunos. Perguntas a Doutora O que é corrimento? O que causa, como se prevenir e como tratar? Masturbação traz algum benefício para o homem? É normal a mulher ter grandes lábios na região vaginal? Pode aparecer espinha no órgão sexual masculino? A bebida alcoólica ajuda ou interfere na ereção? Cigarro causa impotência. Quanto tempo leva para isso acontecer? O remédio usado pelos caminhoneiros para não dormir pode interferir na relação sexual? Qual o método utilizdo para descobrir se contém gonorreia (é verdado que o pênis leva uma batida para tirar a infecção? Qual a DST mais comum no Brasil? Há casos de HIV na Volta Grande? A mulher pode engravidar se tiver relação sexual enquanto menstruada? Quais os riscos de engravidar quando o ato sexual ocorre antes do início da menstruação? Qual a idade que a mulher tem mais chances de engravidar? Se ficar uma semana sem usar a pílula anticoncepcional, pode engravidar? Camisinha vencida pode estourar e causar gravidez? Existe risco de engravidar fazendo sexo oral ou anal? Sexo oral faz mal? Sexo anal causa hemorroida? SOCIALIZAÇÃO Apresentação do projeto à comunidade escolar. AVALIAÇÃO A avaliação se dará por meio da pesquisa realizada pelos alunos com apresentação da mesma e pela participação das atividades. CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi observado, durante o desenvolvimento do projeto, um grande interesse pelo tema apresentado. Houve grande participação dos alunos do ensino médio. Em contrapartida, os alunos da 7ª 4 fizeram muitas “piadinhas” e não mostraram-se interessados. Anexos
Dinâmica 1 – O SEMÁFORO Objetivo: Identificar temas de maior interesse em sexualidade. Duração: 20 minutos. Material: Sala ampla e confortável, papel sulfite, pincéis atômicos, 03 círculos de papel cartão nas cores vermelha, amarela e verde. Desenvolvimento: Trabalho individual (5 minutos): 1. O facilitador fornecerá folhas de sulfite e pincel atômico para cada participante. 2. Pedir a cada um que dobre em 3 partes a folha de sulfite, no sentido do comprimento. 3. Em cada tira de papel (ou ficha), será escrita uma palavra que corresponda a um tema de interesse próprio sobre sexualidade. Pode-se também escrever uma pergunta, no caso de não se saber a que assunto ela pertença. 4. O facilitador colocará 3 círculos distanciados, lado a lado, no chão da sala. Trabalho grupal (15 minutos): 1. Cada participante distribuirá suas fichas pelos círculos ou "sinais do semáforo", dependendo do grau de dificuldade que sentir ao debater sobre os temas. 2. O sinal vermelho representa muita dificuldade sobre o assunto, o amarelo representa dificuldade média e o verde significa pouca dificuldade. 3. O facilitador pedirá aos jovens que passem pelos círculos e leiam os temas escolhidos. 4. Solicitar que as fichas sejam enfileiradas abaixo de cada círculo, em ordem decrescente, e que cada um escolha. Sugestões para reflexão: • Por que esses assuntos são importantes para os jovens? • Sobre qual dos temas citados é mais difícil falar e por que? Qual o tema mais fácil? Por que? Dinâmica 2 – jogo dos mitos e das realidades Objetivo: Refletir sobre os mitos relacionados à anatomia, fisiologia, anticoncepção e doenças sexualmente transmissíveis (DST). Duração: 30 a 45 minutos. Material: Tiras de papel com frases escritas (ver as frases na Folha de Recursos do Coordenador) e quadro-negro ou folhas grandes de papel. Observação: Leve em conta a sensibilidade dos adolescentes. Se o grupo rir da resposta de algum deles, lembre que todo mundo acredita num mito. Desenvolvimento: 1. Diga aos jovens que vocês vão participar de um jogo que os ajudará a saber a verdade sobre os mitos relacionados com a sexualidade. Esclareça que, embora sexo e sexualidade estejam presente em todas as áreas de nossa sociedade (televisão, livros, revistas e filmes), raramente a informação correta é fornecida. Explique que os mitos, boatos e superstições freqüentemente são aceitos como realidade. 2. Divida o grupo em duas equipes e peça que fiquem em lados opostos da sala. Cada subgrupo deverá escolher um nome para si. 3. Apresente as tiras com as frases viradas para baixo. Peça a um voluntário de uma das equipes que escolha um dos papéis e leia o que está escrito em voz alta. Os membros da equipe podem falar entre si durante algum tempo para determinar se a frase é um mito ou uma realidade. O voluntário que fez a leitura deve anunciar a decisão final do grupo. 4. Em seguida, diga se a resposta está correta e marque um ponto sob o nome da equipe num cartaz. 5. Continue com os demais voluntários das equipes, até que todas as frases tenham sido discutidas. 6. Marque um tempo para a discussão de cada frase. Aproveite esse tempo para dar informações adicionais, caso necessário. 7. Comente os pontos de discussão. Sugestões para reflexão: • Pergunte ao grupo se tem perguntas sobre alguns dos mitos. • Diga ao grupo que muitas pessoas acreditam em alguns mitos, e que estes variam de acordo com época e a cultura. • De onde provêm? Onde adquirimos informações sobre a sexualidade? É correta a informação que adquirimos? Onde podemos obter informações corretas? Atividades opcionais: Peça aos adolescentes que discutam os mitos sexuais com seus pais. Além disso, que verifiquem os mitos em que seus pais acreditavam quando eram jovens. Marque cinco minutos para discutir os mitos dos pais na sessão seguinte. Folha de Recurso do Coordenador Mito ou realidade? A seguir, apresentamos algumas frases, com instruções para utilização no jogo de mitos e realidade. Leia cuidadosamente cada uma das frases para ver se são adequadas à sua comunidade e acrescente informações relevantes sobre as políticas e as leis que regulam a saúde reprodutiva dos jovens (quando escrever as frases, não escreva "Mito" ou "Realidade"): Mito 1 - Quase todos os adolescentes já tiveram relações sexuais ao completar 19 anos. Pesquisas indicam que muitos adolescentes brasileiros tiveram relações sexuais antes dos 19 anos, mas, por outro lado, uma grande percentagem delos escolheu não ter relações sexuais durante a adolescência, ou antes do casamento. Realidade 2 - Uma vez que uma menina tenha tido sua primeira menstruação, poderá ficar grávida. Quando uma menina começa a ter os períodos menstruais, significa que seus órgãos reprodutores começaram a funcionar e que, por isso, pode ficar grávida. Entretanto, isso não quer dizer que esteja pronta para ter um filho, nem que seu corpo esteja maduro para tê-lo. Realidade 3 - Antes de ter sua primeira menstruação, a menina pode ficar grávida. Como os ovários podem liberar um óvulo antes de seu primeiro período menstrual, é possível, mas não freqüente, que fique grávida antes da primeira menstruação. Mito 4 - Não é saudável para a menina lavar a cabeça ou nadar durante o seu período menstrual. Não há razão nenhuma para que uma mulher restrinja suas atividades durante a menstruação. Atividade física diminui cólicas menstruais. Mito 5 - Sem penetração e ejaculação vaginal não há risco de gravidez. Pode ocorrer a gravidez sem penetração, caso o rapaz ejacule próximo a vagina (sexo nas coxas). Mito 6 - Umo adolescente precisa da autorização dos pais para solicitar métodos anticoncepcionais num serviço de planejamento familiar. Os serviços de planejamento familiar geralmente asseguram o sigilo de seus atendimentos (Observação ao coordenador: verifique se isso ocorre em sua comunidade). Realidade 7 - os jovens podem ter doenças sexualmente transmissíveis sem manifestar sintomas. Algumas doenças sexualmente transmissíveis manifestam sintomas facilmente reconhecíveis, outras não. A gonorréia, por exemplo, geralmente não apresenta sintomas na mulher. É importante consultar um médico se há suspeita de infecção, ou contato sexual com pessoa infectada. Mito 8 - Uma moça não pode engravidar se teve poucas relações sexuais. Uma mulher pode ficar grávida sempre que mantém relações sexuais, inclusive na primeira vez. Realidade 9 - Uma moça pode ficar grávida se tiver relações sexuais durante a menstruação. É possível que uma moça fique grávida durante seu período menstrual. Se os ciclos menstruais são curtos e o período menstrual longo, a ovulação pode ocorrer no final da menstruação. Mito 10 - As pílulas anticoncepcionais causam câncer. As pílulas, na realidade, protegem as mulheres contra dois tipos de câncer dos órgãos reprodutores (câncer endometrial e câncer dos ovários). Entretanto, a pílula é um dos métodos anticoncepcionais mais seguros e eficazes e quaisquer que sejam os efeitos colaterais e riscos, estes são menores que as conseqüências da gravidez e do parto. Mito 11 - A ducha previne a gravidez. A ducha vaginal não é um método anticoncepcional e deve ser evitada, pois pode provocar infecções vaginais e após a relação ajuda a levar o sêmen para dentro do útero. Mito 12 - Uma vez que se tenha curado da gonorréia, não se volta a contraí-la. Uma pessoa pode adquirir gonorréia tantas vezes quanto tenha relações sexuais com um parceiro infectado. Por isso, é importante que qualquer pessoa que tenha sido tratada de gonorréia (ou de qualquer outra doença sexualmente transmissível) certifique-se de que seu parceiro sexual também seja tratado. Realidade 13 - As camisinhas ou preservativos ajudam a prevenir a propagação das doenças sexualmente transmissíveis. As camisinhas são um método anticoncepcional efetivo, e também um modo eficaz de prevenir a propagação de muitas doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a aids. Realidade 14 - os adolescentes podem receber tratamento para doenças sexualmente transmissíveis sem permissão dos pais. Como no caso de fornecimento de métodos anticonceptivos, as clínicas e os médicos geralmente não exigem permissão dos pais para o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. (Observação ao coordenador: verifique as leis ou políticas atuais). Mito 15 - O álcool e a maconha são estimulantes sexuais. Têm exatamente o efeito contrário. O álcool e a maconha podem aumentar o desejo e reduzir as inibições, mas dificultam o ato sexual por reduzir o fluxo de sangue da área genital. Mito 16 - Uma moça pode saber sempre exatamente qual é o seu período fértil, a fim de evitar a gravidez. Ninguém pode estar absolutamente segura de quando ovula. Embora os métodos não naturais (Billings, tabela, temperatura) possam funcionar com alguns casais, são muito seguros, e implicam em muitas regras rígidas sobre quando o casal pode ter relações sexuais. Esses métodos podem ser de difícil utilização pelos jovens. Mito 17 - Há tratamento para o herpes. Existem drogas para evitar os sintomas do herpes, mas não há cura para essa doença. Mito 18 - As meninas, em geral, são estupradas por estranhos. Uma grande percentagem dos estupros registrados é realizada por homens conhecidos das mulheres (amigos ou parentes). Realidade 19 - O Câncer dos testículos é mais comum entre homens jovens. Realmente, o câncer dos testículos é a forma de câncer mais comum entre os homens de 15 a 34 anos. O diagnóstico precoce é importante para a cura; um médico pode treinar os jovens no auto-exame dos testículos. Mito 20 - Um homem com o pênis maior é sexualmente mais potente do que um homem com pênis pequeno. O tamanho do pênis não tem relação alguma com a potência sexual. Mito 21 - Uma vez que o homem esteja excitado e tenha uma ereção, deve continuar até o fim, porque pode ser perigoso interromper o processo. Não é perigoso não ejacular, depois do homem ter tido uma ereção. Às vezes, o rapaz pode se sentir mal caso se mantenha excitado durante um longo período. Isso passará se ele conseguir relaxar. Realidade 23 - Uma moça pode ficar grávida na primeira vez em que mantém relações sexuais. Uma moça pode ficar grávida na primeira vez ou em qualquer das vezes em que tenha relações sexuais, a menos que utilize um método anticonceptivo eficaz. Mito 24 - A masturbação pode causar doenças mentais. A masturbação não causa nenhuma doença física ou mental. Mito 25 - Se um jovem ou uma jovem mantém qualquer tipo de relação sexual com uma pessoa do mesmo sexo, significa que é e sempre será homossexual. Muitos adolescentes tem experiências homossexuais durante seu desenvolvimento, mas isso não quer dizer que são homossexuais. Mito 26 - Se uma pessoa tem um parceiro e se masturba, é sinal de que tem problemas com o parceiro. Muitas pessoas se masturbam de vez em quando, até mesmo as pessoas casadas, e isso não significa que existem problemas entre o casal. Dinâmica 3 As Cores da Prevenção Objetivos: Identificar todos os métodos contraceptivos e identificar os de uso mais indicado e sua eficácia. Duração: 50 minutos. Material: Papel pardo, pincéis atômicos de várias cores, fita adesiva e etiquetas circulares coloridas (verde, amarela, vermelha). Desenvolvimento: 1. O facilitador colará uma folha de papel pardo na parede. 2. Após, solicitará aos participantes listarem individualmente os métodos contraceptivos conhecidos. 3. Deverá anotar na coluna dos métodos contraceptivos e localizar, conforme as seguintes categorias: o Métodos de barreira. o Métodos comportamentais. o Métodos hormonais. o Dispositivos intra-uterinos. o Métodos cirúrgicos. 4. O facilitador provocará discussão no grupo, para que os participantes identifiquem cada método dentro das várias categorias. 5. O facilitador apresentará o kit de anticoncepção com todos os métodos. 6. Colocará os adesivos autocolantes das 3 cores sobre a mesa. 7. Solicitará aos participantes pegarem os adesivos e colocarem em cada método, considerando que: o verde - livre uso para o adolescente; o vermelho - não recomendável; o amarelo - algumas restrições (atuação, considerando que o método a ser utilizado deve ser monitorado por um profissional do Serviço de Saúde). Sugestões para reflexão: • Quem deve usar método anticoncepcional? • O que é planejamento familiar? • Porque os métodos naturais não são recomendados para os adolescentes? • Com quem o adolescente deve esclarecer-se sobre anticoncepção? • Em uma relação, de quem é a responsabilidade da anticoncepção? Resultado esperado: Reflexão sobre o planejamento familiar e os diferentes métodos anticoncepcionais; modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com os outros; discussão dos estereótipos conhecidos pela comunidade.

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